Sobre doenças, Curas e limitações

Hoje descobri um blog novo...Isto me incitou a escrever. Não cheguei a ler a fundo, apenas algumas coisas... Uma pessoa que se encontra com uma limitação bastante incômoda em seu estado de saúde, assim como eu.  Alguns diriam doença, e provavelmente rotulariam como grave, em ambos os casos. Eu prefiro chamar de limitação. E "bastante incômoda". Engraçado começar analisando a terminologia da coisa, mas eu sempre acreditei que as palavras tem um forte poder de definir e moldar a realidade. Prefiro palavras que sejam flexíveis, e me permitam a liberdade de ser um agente da minha própria realidade. "Doença" e "grave" são palavras de  sentido fechado e final, enquanto que "limitação" me permite mudança conforme meu empenho e força. Afinal limites foram feitos para ser expandidos não? Não é uma questão de eufemismo ou liberdade imaginativa o que me leva a usar estas palavras em detrimento daquelas, e sim convicção. Estou absolutamente convicto da cura. Cura de uma limitação (alguns preferem chamar de doença) cuja cura e causa é hoje desconhecida pela medicina (ao menos pela medicina "ortodoxa materialista"). É muita pretensão da minha parte? E o que me restaria fazer, caso eu não tivesse a coragem de assumir a responsabilidade pela minha vida, de um modo que só quem se vê "numa pior" e decide que não quer ficar assim, pode fazer?

Quem me conhece pessoalmente sabe do problema que venho enfrentando há alguns bons anos. Cinco ou seis eu diria... E isso desde que este "problema" voltou, pois eu ja havia sofrido disto de um modo semelhante quando criança, tendo ficado alguns anos sem "isto". Segundo o Código Internacional de Doenças, eu sou portador de um tipo de Distonia. Eu acrescentaria que o nome exato (o qual não me recordo) é tão longo e torpe e soa tão feio quanto a cara do dr. fulano que inventou tal nome, tão somente  para que pudesse tal disfunção ser catalogada, uma vez que causa e cura são desconhecidas. O fato é que eu tenho certa dificuldade para alguns movimentos e na postura em geral. Grupos musculares do meu corpo, em especial o pescoço, a os membros do lado esquerdo do corpo tendem a contrair-se involuntariamente, causando movimentos semelhantes a "tiques", e me dificultando a movimentação como um todo. Outro reflexo disto é que muitas vezes (e hoje em dia muito menos) eu me tornava tímido e ansioso, devido à vergonha despertada por "ser diferente", e chamar a atenção de modo tão singular.

Mas a despeito desta limitação (e claro que com a ajuda de pessoas próximas sem as quais eu não teria conseguido) eu nunca desisti de buscar um sentido para a vida, e ir atrás dos meus objetivos. Me formei na Universidade e sempre mantive atividades físicas, afim de não permitir que meu estado geral piorasse ou mesmo estagnasse. Aprendi a acreditar no invisível. Chamo isto de Fé. E acredito que existe um motivo superior para termos de lidar com adversidades. Sou muito idealista, meio filósofo, e hoje tenho a alegria de poder expor meus sentimentos, que sempre tratei de esconder, como se assim eu fosse chamar menos atenção.
Costumo dizer que se o final de uma história´não é feliz, é porque ela ainda não terminou. Assim como este post, interminado. No caminho da cura.

Obrigado por sua atenção! :)